Quando o assunto é inclusão e acessibilidade, muitas vezes pensamos apenas nas pessoas que têm características evidentes que as colocam na categoria de deficiência aparente.
Incluímos nesse grupo pessoas com deficiência física que dependem de cadeira de rodas ou muletas para se locomover, deficientes visuais com baixa visão ou cegueira total, deficientes auditivos que são completamente surdos e se comunicam em LIBRAS ou pessoas com deficiência intelectual com um alto grau de comprometimento.
No entanto, quando olhamos para esse tema com empatia, percebemos que existem situações que vão além dessas deficiências claramente classificadas como permanentes. Diariamente, todos nós estamos sujeitos a essas condições, muitas vezes sem perceber que nos tornamos consumidores de tecnologias assistivas.
Uma delas é a deficiência temporária, que ocorre quando algo nos impede de realizar um movimento ou usar um órgão completamente. Alguns exemplos práticos incluem um braço quebrado, uma torção no tornozelo ou uma cirurgia ocular que, geralmente, causa desconforto por um curto período de tempo, tornando difícil a realização de atividades cotidianas, como subir e descer escadas para entrar ou sair de casa.
Outro tipo de deficiência é a momentânea, que ocorre com muito mais frequência, mas geralmente por um curto período de tempo. Com certeza, você já passou por uma dessas situações a seguir e nem percebeu que a experiência teria sido muito melhor se houvesse uma alternativa inclusiva disponível:
- Ativar funções no painel do carro por comando de voz quando não podia usar as mãos, pois estava dirigindo.
- Realizar atividades com apenas uma mão, porque estava segurando uma criança no colo.
- Carregar sacolas pesadas e abrir portas com maçanetas que exigem o uso das mãos.
A tecnologia já está oferecendo muitas alternativas para amenizar esses inconvenientes. Por meio de projetos de automação e outras soluções simples, podemos tornar nosso dia a dia mais confortável, eliminando barreiras físicas em nossas casas e usando fechaduras que facilitam a abertura e o fechamento de portas.
Agora que estamos cientes dessas situações, precisamos cultivar o desejo de tornar nossa sociedade mais inclusiva e acessível, adotando alternativas que melhorem a qualidade de vida de todos. Isso porque percebemos que desfrutamos desses benefícios o tempo todo, independentemente de termos ou não uma deficiência clinicamente declarada. Temos o poder de influenciar positivamente aqueles ao nosso redor por meio de bons exemplos. Portanto, vamos trabalhar juntos para criar um mundo mais inclusivo e acessível para todos.
